84° Trecho: Amor suave amor
Não sei o que me aconteceu em Macaé, foi muito espontâneo, gostei muito do arquiteto, falávamos muito, entre falas e vinhos, aconteceu, seria o lugar? bem, agora já foi, tenho que resolver os meus delírios, olhei para o meu marido e contei tudo o que tinha acontecido, que estava arrependida e sofrida com a situação, que ele não merecia isso, que foi uma loucura muito horrorosa, que nada significou para mim, que amava era a ele com toda a paixão do mundo, fiquei estarrecida com sua resposta, me disse que já sabia de tudo, que me deixou em liberdade, para buscar a minha verdade e o que queria realmente da vida, "instante de silêncio", engoli em seco, o que iria acontecer? serenamente se levantou e me disse que tinha que absolver tudo, pensar, falei se era o fim? ele me respondeu que não sabia, que desse um tempo para ele e para mim saber o quer realmente queríamos, me propôs dormir em quartos separados, até nesses momentos esse homem era um perfeito cavalheiro, não deu um sorriso, vi tristeza no seu rosto, fiquei desesperada, como iria viver nessa agonia, minha vida se tornou um ponto de interrogação, ele se afastou sumindo entre as arvores, fiquei sentada muito pensativa, será que teria que reconquistar meu marido de novo e demostrar a minha mudança radical? Como fazer isso? vi que aquela mulher poderosa, que amava sem nada importar, que vivia intensamente cada paixão que aparecia e da mesma forma eu desaparecia; ele era meu marido, era diferente, pela primeira vez na vida tive medo de perder, me senti mal, arrependida, a vida é fogo, me queimei! ... Vida que segue.
Guiomar Villalba
Direitos reservados
Nenhum comentário:
Postar um comentário