quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

32º Trecho: Amor suave amor



 

32º Trecho: Amor Suave amor

Um dia muito distraída, caminhava pela mesma rua que sempre fazia para ir ao meu trabalho, ouvi alguém me chamar pelo meu nome, acordei da alienação, nossa! Era ele me chamando, nem esqueceu meu nome depois de tantos anos, não sei porque, fiquei parada que nem uma imbecil, era medo? Era vergonha? Chamou de novo, tive que me virar, era ele se aproximando de mim, Poxa! Depois de tantos meses passando por ele e nos olhando, ele se decidiu. Oi, lembra de mim? Claro que me lembrava  dele, um amor tão suave e mal resolvido, de quem seria a culpa daquele afastamento do passado? Dele que mentiu para mim, ou minha que não soube esperar? Talvez não foi culpa dele, talvez ele me procurou, eu já estava morando com alguém que não queria mais, a minha inconstância, fazia tudo desmoronar, mas graças a essa inconstância, eu resolvia problemas que não estavam me fazendo bem, como era volúvel! Ao principio ficava toda apaixonada, depois ia me cansando e achava um monte de defeitos na pessoa e caia fora, sem dor nem arrependimento, ficava dias, semanas, até meses, tentando esquecer, sentia raiva de mim mesma, por sempre escolher a pessoa errada, dedo podre maldito, não queria mais ninguém na minha vida, as coisas acontecia por acaso, foi por acaso que houve um novo reencontro de anos perdidos, talvez a pessoa mais certa, quem sabe? Estou tão incrédula de tudo, o ser humano mudou muito, era jovem, mas o dinheiro estava acima do amor, de tudo, juro! Não ligava muito para dinheiro, estava muito satisfeita com o que tinha, um apartamento muito bonito perto do mar, muitas amigas, meu trabalho, meus cachorros, eu era muito feliz e como sempre digo, amava a vida com paixão. Vida que segue.

Guiomar Villalba 

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