11° Trecho da novela: Amor suave amor
Quantas lembranças que nunca esquecemos, ano 1962, uma criança de 13 anos que não sabia nada da vida, músicas inesquecíveis, românticas, uma menina pura sem maldades, ainda jogando de boneca, chegando ao Brasil fui morar no Rio de Janeiro, no Leme, morei por muito tempo, ia à praia, como sempre estudava em colégio de freiras francesas, muitas vezes ficava olhando pela varanda , sempre tinha um rapaz que levava sua irmãzinha para passear, como era bonito e forte, mais velho que eu, olhos azuis clarinhos e lindos, queria chamar atenção, joguei uma bola de tênis na cabeça dele, pegou a bola e olhou pra cima, sorriu e jogou de volta, dai em diante começou a paquera, ficávamos nos olhando, sem falar nada, isso despertou em mim um sentimento de amor platônico, ele sabia a hora que o ônibus escolar vinha me buscar e me deixar em casa, inesperadamente, quando cheguei em casa, ele me puxou pelo braço e me levou na área de serviço do edifício, inesperadamente me pediu para namorar com ele, claro que aceitei, meu pai descobriu, ficou uma fera, que eu era uma criança, gosto dele e muito, meu pai me olhou e jogou pensando em espantar o rapaz, falou que se ele tiver boas intenções, que venha falar e pedir permissão para namorar, era uma noite de verão, pois vejam! Ele veio com um ramo de flores e uma caixa de chocolate, tudo começou nesse exato momento, namoramos, nos apaixonamos, noivamos e nos casamos, tivemos dois filhos, éramos muito ciumentos, brigávamos muito, abri minha alma para o mundo que não conhecia, queria conhecer novas pessoas, meu ser romântico queria se abrir para o mundo, foi assim que terminou nosso casamento, já estava desgastado, já não amava mais ele, ficou desesperado, não aceitou a nossa separação, triste mas real ...
Vida que segue.
Guiomar Villalba
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