12° Trecho da novela: Amor suave amor
Passeando pelas ruas de Ipanema, passei pelo bar famoso, "garota de Ipanema", estava fazendo muito calor, entrei deixando as compras na cadeira ao lado, pedi um chope estupidamente gelado, olhando as pessoas que passavam pela rua, umas apressadas, outras de cara feia, outra seria, não vi ninguém sorrindo, sabe! Fico pensando muito que as pessoas não sorriem nunca, tão estranho isso, pois apesar dos meus problemas, vivo sorrindo para todo o mundo, senti um olhar penetrante numa mesa perto, dei uma olhada, estava um grupo de homens bebendo e muito elegantes, olhei novamente e vi o sorriso de um deles para mim, era muito lindo, olhos azuis profundos, uma dentadura que parecia um colar de perolas, logicamente, que retribui o sorriso, levantou a caneca e eu fiz o mesmo, fez um sinal se podia se sentar na minha mesa, claro que eu acenei que sim, devia ter uns 35 anos, eu tinha 33 anos, terminando um relacionamento de 18 anos, não sei porque mas ele estava impressionado comigo, não parava de me olhar, e assim foi o inicio de uma divertida conversa, era arquiteto, eu ainda uma insignificante dona de casa, sentia a vida de uma maneira diferente de todo o mundo, me divertia, nunca na minha vida senti solidão, vivia a vida com profundidade, amava tudo o que tinha, sabia o sabor de uma aventura, de uma liberdade, de uma paixão, sentia felicidade em tudo o que fazia, prazer em tudo o que sentia, gostava de uma boa conversa, gente! Não entendo as reclamações da maioria dos seres humanos, eu vivia cada segundo da minha vida, que rapaz agradável, respeitador, ficamos de nos encontrar á noite na faculdade que estava fazendo, amava estudar, eu me pergunto, do que eu não gosto? Gosto de tudo que me agrada, que me dá prazer, uma boa conversa, o começo de uma paquera ... Vida que segue..
Guiomar Villalba
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