Ao longe vinha um cachorro pastor alemão correndo na minha direção, logo atrás, seu dono, o cachorro começou a morder o rapaz que tentava tirar a minha blusa, logo chegou o dono e afastou o outro, eles saíram correndo, em disparada e o cachorro atrás, agradeci amavelmente, ao rapaz, era todo esportivo, alegre e muito bonito um sorriso que parecia um colar de perola, o cachorro se acercou de mim, fiquei quieta, era muito manso, deitou na areia perto de mim, colocou a cabeça no meu colo, uma graça, ele com educação tirou o casaco e colocou em mim, agradeci, falou que era muito estranho pois aqui nunca aconteceu uma violência dessas, que sempre vinha aqui para espairecer e nunca mesmo aconteceu nenhuma ou nenhum tipo de violência, me acompanhou até a minha casa, na varanda estava meu marido e meus filhos, apresentei e contei o que aconteceu, o rapaz se despediu e falou para não deixar de passear por causa de uma coisa dessas, que aqui era uma área protegida pelo IBAMA, agradeci e ele continuou a correr com o cachorro para bem longe, meu marido no dia seguinte deu queixa na delegacia, o delegado nos tranquilizou, iria investigar e depois falaria com a gente, ainda sentia medo, fiquei uns dias sem sair, meu marido me tranquilizou, ele estava furioso, dava para se ver, tocaram na porta, era o delegado dizendo que eram dois argentinos, seriam exportados numa semana para seu país, a tranquilidade voltou a reinar no meu lar, poderia continuar passeando tranquilamente pelo meu paraíso, saí para dar o meu passeio feliz da vida, sentei numa pedra e fiquei pensativa, era alegre, expansiva, cheia de vida, meu marido maravilhoso, era muito serio, mas, fazia todas as minhas vontades e só ria muito quando falava com ele, me achava muito divertida, pensei muitas coisas, cheguei a pensar no rapaz que me salvou e seu lindo cachorro, não conseguia esquecer aquele olhar penetrante, era um gato mesmo, o que faria nesse lugar? Vida que segue
Guiomar Villalba
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