Tempo que passa, momentos fugais, sonhadora, cheia de reflexões, as caminhadas pela praia, a tranquilidade do lugar, era muito solitário, uma natureza pura, sempre a praia estava vazia, procurava sempre explorar cada vez mais, como gostava de ver essa calmaria toda. Um dia nos meus devaneios, esqueci do tempo, subia montanhas e numa dessas vi o paraíso, uma pequena praia, com suas aguas cristalinas, golfinhos nadando, há muito tempo não via tanta beleza, penso que graças a Deus, o homem não havia pisado nesse lugar deslumbrante, mergulhei nessa agua quentinha, senti um bem estar tão grande, me sentei numa rocha e fiquei olhando os golfinhos nadando, meu Deus! não tem explicação o que estava sentindo nesse momento. Percebi que estava anoitecendo, tinha que voltar, fui me afastando do lugar que eu chamei de Paraiso, andando calmante, cabelos molhados, a camisa era branca, molhada ficou transparente, não me incomodei, mergulhei de roupa e tudo, estava muito feliz, senti frio, uma brisa fresca passava me deixando arrepiada de frio, o tempo com muita neblina, vi dois rapazes se aproximando, não senti medo pois era um lugar seguro, vai ver que eram pescadores, continuei andando tranquilamente, os rapazes se aproximaram de mim, fiquei com medo, me agarraram, ai eu surtei, crise de pânico, tentaram me acalmar rindo, gente estava sendo violentada, sozinha no meio da noite, que podia fazer? Vida que segue.
Guiomar Villalba
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