57° Trecho: Amor suave Amor
Sinto-me deslumbrante e bela, caminho com os cabelos soltos no ar, como é bom recomeçar do zero, noutro lugar, noutro país, conhecer a beleza de Portugal, estou numa praia linda do Porto, a cidade tem um extenso litoral, com praias para todos os estilos e gostos. São áreas fantásticas, que fazem com que os verões portuenses sejam aproveitados ao máximo! Quanta beleza , Meu Deus! Tem um sabor especial, estou amando tudo isso, pela primeira vez me sinto completamente livre, meus amigos, que são poucos e bem escolhidos, estão sempre junto a mim, nas caminhadas, nos bares, na praia, em tudo. voltei para casa cheirando a mar, tomei um banho, fui para a varanda e fiquei pensando sem poder acreditar, o telefone tocou, atendi, levei um susto, era aquele lindo professor com seu exótico sotaque, me convidou para sair, era de dia, no Brasil sempre era a noite, que coisa ne? Aceitei, ele veio me buscar no seu lindo carro, saiu do carro para abrir a porta para mim, inacreditável, que galante, que elegância na sua simplicidade esportiva, eu pensei que ele queria me levar a um motel, não! Ele me levou para conhecer toda Lisboa , eu falava e pela primeira vez o vi sorrir, que dentes, que sorriso, estava muito contente, há muito tempo que não sentia isso, uma tranquilidade, uma felicidade que invadia minha vida, aproveitei o máximo, fomos almoçar num restaurante lindo e ao mesmo tempo chique, a experiência começa antes de entrar no restaurante, ao descer o passagem que une terreno firme ao cacilheiro, onde está instalado o Lisboa à Vista. O almoço é no piso de cima, deste navio datado de 1925 e com muitas histórias de travessias para descrever. De um lado, porquê o nome do restaurante indica, Lisboa está à vista. Do outro, a baía do Seixal compõe a paisagem. Ao almoço, a luz do dia permite ver em pormenor as duas margens do rio Tejo. Ao jantar, são as luzes dos edifícios que dão cintilação à vista. Nossa! estou vivendo um sonho... É vida que segue
Guiomar Villalba
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