45° trecho: Amor suave amor
A gente aprende tanto nesta vida, era tão ingênua, na minha juventude não tive orientação de ninguém, fazia as coisas sem medir consequências, mas me sentia feliz desse jeito, era tão mimada por todos, tinha uma vida de uma verdadeira dondoca, não conhecia outra vida, estava numa redoma protegida da vida lá fora, o meu relacionamento com o meu marido não estava dando certo, foi se desgastando até que nos separamos, tinha amigas que eram muito amigas, quase parentes, um dos meus amigos, o meu melhor amigo, sempre me desabafava com ele, contava que não era feliz, ele me aconselhava muito, quando o conheci tinha 13 anos, ele era mais amigo do meu marido, mas ficou muito amigo meu, vinha todos os dias me visitar, conversávamos muito, tocávamos violão, riamos, fiquei um tempão olhando pra ele, não entendia o que se passava, só sei que sentia uma atração muito grande mas me continha, era muito lindo, alto, moreno, olhar penetrante, atraente, romântico típico dos anos dourados, e por incrível éramos muito amigos, sabe aquele ditado que todos falam? amizade entre o homem e a mulher não existe? comecei a acreditar mesmo, pressenti um romance no ar. Vida que segue.
Guiomar Villalba
Direitos reservado
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