terça-feira, 25 de janeiro de 2022

35º Trecho: Amor suave amor


 35º Trecho: Amor suave amor
Continuava minha vida, passava pela mesma rua, não via mais aquele homem mal resolvido, tenho um dom muito bom que Deus me deu, " Da mesma forma que me apaixono, da mesma forma esqueço".  Um certo dia sem pensar em nada, lá estava ele novamente, sorrindo e me chamando, deu mil desculpas, que teve que viajar para o exterior, como da primeira vez, foi e nunca mais voltou, só vi uns 20 anos depois, insistiu tanto que, como sempre cedi, fomos ao seu apartamento na Lagoa, na frente estava aquela vista maravilhosa, se via toda a lagoa, ele colocou uma Bossa Nova, amo Bossa Nova, desta vez foi ele que preparou uma caipirinha, ficamos conversando um bom tempo, demos muitas risadas, estava feliz e meio alta, era caipirinha atrás de caipirinha, mas, tudo estava muito bom, falamos do passado, explicamos um ao outro os nossos sentimentos, o que sentíamos, ele era muito meigo, carinhoso, educado, fino, tudo aquilo que eu gostava de um homem, era muito fofo, ele me olhou e falou que eu era muito bonita, sempre bonita, que não tinha mudado nada, falei da minha separação, que finalmente estava morando sozinha, que nunca mais tinha me casado, porque tinha dedo podre para escolher um homem bom, ele deu uma bruta gargalhada, por causa do dedo podre, rimos muito, a gente se dava bem, até demais, ficamos nesse bate papo, música e caipirinha a noite toda, dormimos no sofá abraçadinhos até o amanhecer, que felicidade estava sentindo, parecia uma adolescente nos braços de um grande amor...Vida que segue.
Guiomar Villalba
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