Caminhando para meu trabalho fui me lembrando desse homem que me olhava cada vez que passava, isso foi há muito tempo mesmo, eu era uma linda jovem e ele um jovem muito lindo e amoroso, aquele homem que a gente quer mas que parece que só existe nas histórias de amor, tivemos naquela época um lindo romance que tinha tudo para dar certo, era bom demais para ser verdade, ele tinha que viajar para fazer um projeto na Argentina, era arquiteto e famoso, me pediu para esperar por ele, parecia que gostava de mim, era muito meigo, carinhoso, conversador, escutava encantada deitada no sofá suas conversas inteligentes, como era bom ouvir ele falar, estava gostando muito dele, era o que sempre sonhava, um homem assim, esperar por ele? quanto tempo? Será que era verdade? esperar por ele? Na minha inconstância, como era também muito volúvel, o tempo foi passando e para variar encontrei aquela pessoa que contei no inicio da história, sonhador, amoroso, carinhoso, me levava para os melhores restaurantes, barzinhos com música ao vivo, fiquei encantada e fui ficando com ele, morando juntos, o tempo foi passando e eu já estava desanimada e não me sentia feliz, tudo foi mudando, ele continuava o mesmo, eu é que não gostava de certas coisas que ele fazia, fui avisando, fui dando muitas chances de modificar a sua maneira de ver o mundo, não era uma pessoa ruim, era um homem extremamente romântico muito sedutor, não gostando das suas atitudes de olhas para outras mulheres de começar a desconfiar de infidelidade, fui ao shopping espairecer minha cabeça, quando vi meu jovem e querido amor com um ursinho de pelúcia, de mãos dadas com sua filhinha muito linda, ele falou alto que queria falar comigo, eu o olhei desapontada, ele percebeu, fomos até seu carro, deixou a filha em casa da mãe e fomos ao seu apartamento, tentou me explicar o silêncio de não ter me dado noticias suas, fiquei meio decepcionada mas... Vida que segue.
Guiomar Villalba
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