domingo, 28 de novembro de 2021

25º Trecho: Amor suave amor


 

25º Trecho: Amor suave amor

Consegui um trabalho jurídico, claro, da minha área, temporário, pensava em chutar as chuteiras, me aposentar, para mim chega! Já deu, coisa muito boa de fazer quando chega a hora! Bem!, sempre passava pela Rua México e ficava vendo as vitrines, estava tão distraída que, não percebia que sempre que passava pela portaria de um prédio, estava um homem de meia idade, parado me olhando passar sem dizer nada, que estranho, olhei e me pareceu uma pessoa que conheci faz muito tempo, eu naquela época estava me separando do meu marido, muito tempo mesmo, mas eu não podia acreditar que era o mesmo homem que foi importante na minha vida, não é possível, é ele mesmo, como a vida dá tantas voltas para chegar e encontrar uma pessoa que vivia querendo ver de novo, o nosso romance foi curto e mal resolvido, me lembro que foi uma coisa tão passageira e intensa, fiz tantas loucuras na vida, errei tanto, opções horrorosas, encontros e desencontros em quantidade que não sei contar, só me lembro que foi muito bom, escolha boa, pessoa fina, educada, romântica, era o que sempre procurava e não achava, me lembro que eu me arrependi tanto de ter dado um fora malcriado nele, quando só queria me ajudar, porque tenho que perder coisas boas e pegar coisas podres? Porque não tive paciência o credibilidade para ele voltar de uma viagem que fez à Argentina? Foi a trabalho e me disse para esperar que voltaria a me chamar, que gostava muito de mim, esse curto romance foi quando estava para me separar do meu marido, ele prometeu que me procuraria, não acreditei, conheci outro, quanto arrependimento, anos se passaram quando sem querer o vi na portaria da Rua México, estava casado, bem casado, homens de verdade são aqueles que quando se separam procuram uma mulher boa para se casar, que pena, vejam só, o meu ex marido também se casou e teve um filho, são homens que valem a pena, situação mal resolvida, porque tenho a mania de ficar com homens que não valem a pena? sempre faço essa pergunta e nunca acho a resposta, continuei caminhando e pensando, triste, arrependida das coisas que perco porque sou tipo que não confia em ninguém ... Vida que segue.
Guiomar Villalba
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